Lá vamos nós para um relato bem vida real! Quem leu o meu último relato deve se lembrar de que eu estava comemorando como havia conseguido manter minha frequência nas páginas matinais, e como tudo estava caminhando às mil maravilhas. Pois é... Das semanas 5 e 6 já não posso dizer o mesmo. Abandonei por completo minhas páginas matinais e atropelei todos os planos e exercícios com a rotina. O caminho do artista foi esquecido embaixo da montanha sufocante de compromissos de final de ano. Se escrevi duas vezes foi muito. Mas, não vou desistir! Já fiz a leitura da minha 7 semana e hoje começo a trabalhar para entrar nos trilhos novamente. Fiquei me questionando se tudo isso poderia ser uma resistência às mudanças que já percebo tão nítidas em mim e na minha vida... acredito que em partes seja, sim!
Mudar assusta! E muitas das reflexões e exercícios do caminho do artista nos fazem olhar para lados abandonados e um tanto desconfortáveis de nós mesmos. Talvez uma escorregada ou outra faça pare do processo. Afinal de contas, se está "dando trabalho" é porque estou olhando para as partes, há muito negligenciadas, de mim mesma. Sinto como se eu estivesse diante de um daqueles quartinhos que tem em algumas casas, onde as fotos, livros e fantasias da escola, hobbys esquecidos e outros vestígios dos anos se acumulam.
Sabe quando você começa a organizar um cômodo e durante o processo a bagunça parece aumentar ao invés de diminuir, e você chega em um ponto de paralisia diante do caos que se instalou? Acho que estou nesse ponto da arrumação. As caixas estão fora do armário, as roupas espalhadas pela cama e os papéis acumulados voando por todo lado. Esse é, sem dúvidas, o momento mais assustador e mais trabalhoso de qualquer arrumação. É hora de olhar item por item e separar o que vai e o que fica.
Desejem-me força e coragem para continuar!